Havia u grupo de carnaval que estava prestes a entrar na avenida. Eu fazia parte dessa ala, onde vestíamos umas penas azuis e compridas na cabeça e que se movimentavam lindamente. Parecíamos soldados com roupas azuis e saias longas, uma mistura egípcia. Sem pretensão alguma, isso me lembrou o Exército de Miguel. Esses soldados possuíam um instrumento de percussão, onde tocavam a música "We Will Rock You" da banda Queen. E o local de apresentação era uma praça com um enorme chafariz no meio. Num momento, eu fazia parte desse grupo, em outro, eu era passista. Usava meia-calça branca e um sapato de salto alto enorme, cada um de uma cor. Estiquei a perna e dei uma rebolada! (Risos)
Era noite, começa a apresentação, dois percursionistas brigam por causa de um instrumento. Na verdade, um deles não fazia parte e entrou, de repente, atacando o outro. Eis que já estava na hora do show de Michael Bublé.. tudo a ver.. ele vestia um terno e um chapéu brancos. Muitos dançarinos em volta dele. Os homens que brigavam antes, acabaram acertando o Michael e ele ficou caído na escada da praça que servia de palco. Essa cena era transmitida pela televisão.
No outro dia, o sol brilhava, fui conversar com duas mulheres que pareciam ser atrizes de seriados policiais americanos. Eu dizia pra elas que precisávamos trabalhar o amor-próprio desse povo para impedir que essas coisas acontecessem. Falei outras coisas, porém, não me recordo, só sei que eram referentes a crianças.. Como se elas estivessem sendo usadas. Tinha relação com pornografia e o comportamento dos adultos em relação a isso que acabava atingindo e prejudicando a infância e adolescência de muitos. Lembro que pensei em uma mulher do Twitter que fazia vídeos tirando a roupa, durante essa conversa. Ela me chamou a atenção por ser mais velha e ter cara de bruxa. Não senti raiva, estava preocupada mesmo com as pessoas que sofriam as consequências desses atos imundos. O que me faz pensar, inclusive, nos meus próprios atos online.
Num outro cenário, havia um casamento coletivo e muitas mulheres estavam participando da festa de ensaio. O Jon Secada cantava "Angel" para elas, chegando perto de cada uma, tocava seus queixos delicadamente, levantando suas cabeças. Essas mulheres estavam rodeadas de pessoas que as ajudavam a se arrumar. Entretanto, nenhuma estava vestida de noiva, eram roupas comuns do dia a dia.
Subitamente, a cena muda e eu estou em frente a um piano e o Jon Secada está me ensinando a tocar. Ele escrevia as notas na partitura. Tinha a sensação de que ele era um espírito no sonho, só eu o via. No final, a partitura estava em branco. As pessoas ao meu redor, família e desconhecidos, não perceberam a presença dele. Aos seus olhos, eu estava sozinha ao piano.
Enquanto isso, as cenas do carnaval e da briga continuavam passando na televisão. Dando a impressão de que, na verdade, faziam parte de um seriado. A música "Angel" continuava tocando, o que gerou uma tristeza, uma melancolia. As imagens eram cortadas, pois a tv era antiga, a transmissão não "cabia" naquele aparelho. Então, um poster, provavelmente, a capa de um filme surge na tela com a foto de um homem. Havia um título dizendo "Holiday.." e é tudo o que recordo.
16/10/2021
A Guria Dourada