Rua Roque Calage, Porto Alegre, um grande caminhão com carreta fechada estava atravessado no meio da rua. Era do irmão V. e os vizinhos começaram a reclamar e denunciaram ele. Queriam que ele estacionasse direito. Mas, seria pior, pois o caminhão era muito grande e ficara na frente das garagens.
A vizinhança se reuniu e empurrou o caminhão, derrubando-o, para o outro lado da rua. O V. e outros homens começaram a levantar a caçamba e conseguiram erguê-la. Nesse ínterim, eu gritei: "Não!", como se não quisesse que eles fizessem isso. Entretanto, V. e os outros entraram embaixo da caçamba do caminhão para terminar de erguê-la e ela caiu em cima de todos eles.
Agora, estou lavando o feijão vermelho na bacia verde, em cima do tanque. Um gurizinho de óculos estava aos meus pés me observando. De repente, estou deitada e, enquanto movimento os pés, acabo batendo na bacia cheia de água e derrubo água por tudo, inclusive no guri. A Judy, minha cachorrinha, estava toda molhada e, ao mesmo tempo, suja com uma gosma vermelha.
Terreno íngreme, eu e a Ju subimos. Fiquei preocupada em deixar a Judy sozinha, mas resolvi deixá-la. Os vizinhos estavam revoltados conosco, havia uma tensão religiosa em relação à situação, não sei dizer o quê. A Judy se esconde e, assim, pudemos sair.
08/06/2017
A Guria Dourada
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