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sexta-feira, 3 de maio de 2024

Quanto Tempo Eu Perdi!

Era início de noite, eu estava na antiga casa de Canoas onde morei. Havia mais pessoas lá, a matriarca da família, a filha mais velha e um grupo de jovens de uns 20 ou 20 e poucos anos que se se tornaram amigos nossos. 

Quando estávamos na área lateral da casa, duas meninas mais jovens, provavelmente filhas de algum casal da família, não pude identificar, só sei que eram uma loira e uma de cabelo castanho. Elas pareciam suspeitas de terem feito algo de vergonhoso pra idade, algo erótico ou do gênero. Em algum momento, a pochete amarela delas ficou comigo, levei rapidamente para o meu quarto, acendi a luz e fui inspecionar. Só encontrei um desodorante e vários lápis coloridos que encheram a bolsinha.

Ainda dentro do meu quarto, uma cama no centro, um armário alto, tipo cômoda perto da janela, onde deixei a pochete das gurias, e muitas roupas e coisa espalhadas, o guarda-roupa atrás da cama de solteiro, a antiga estante que ficava lá, exatamente, no lugar dela. 

Um dos rapazes do grupo de jovens entra no meu quarto, ele era alto e relativamente magro. Ele parecia apaixonado por mim e eu sentia o mesmo. Entre a cama e outras bagunças, ele me tirar pra dançar, sem música, essas danças latinas: lambada ou salsa. Requebramos um pouco e, de rostos colados, apesar da minha pouca estatura, ele me beijou, eu correspondi e coloquei minha mão no rosto dele durante o ato. Foi como viajar pelo espaço, pude sentir o amor e a "textura" dos nossos lábios molhados. Então, ele diz sorrindo: "Quanto tempo eu perdi!". Enquanto ele segura a minha cabeça com as duas mãos, eu sorrio de volta e ficamos ali, juntinhos, olhando um para o outro.

Mais tarde naquela noite, o grupo de jovens quer ir embora da cidade, na intenção de fazer festa na capital. Uma das gurias não ía com a minha cara e não estava satisfeita de eu estar ali. Eu não tava nem aí! Eles eram muito rápidos, só deixaram um armário no meu quarto, o meu amor queria mostra pro amigo que ficou comigo, bem coisa de adolescente. Jovens, ainda que mais velhos, têm essa tendência. Aliás, os homens contam entre si com quem ficaram. Não pensem que não sabemos! (Risos)

A galera se mandou na escuridão, pude ver pela janela. Eu me arrumei, estava magra e jovem também, coloquei uma saia curta, um top e um colete. Minha irmã me atrasava, normal, sinto que ela faz isso na realidade. Ela me emprestou uma bota preta com brilhos verdes de cano curto. Era alta, achei que eu não conseguiria andar, falei algo sobre, porém, deu certo e eu fui atrás dos outros. A irmã parou pra comprar uma mini cueca virada. E isso só me deixava mais nervosa, pois eu via o grupo se afastando e dobrando esquina, saindo do meu campo de visão. Comecei a caminha e a deixá-la para trás. Olhava para ver se ela estava vindo, no entanto, continuava a caminha.

De repente, estou numa mesa de bar ao ar livre, luz amarela, a turma toda estava comigo, inclusive a guria que não gostava de mim. Ela era loira e de cabelo curto, tinha olhos azuis, mas era estranha, olhei pra ela e disse algumas coisas que não lembro e finalizei chamando-a de feia. Tinha cansado de ser tratada daquele jeito desrespeitoso e maldoso. Nunca tive tempo pra criancices, nem mesmo quando jovem.

Quanto ao resto, não me lembro! Posso ter me encontrado no astral com uma alma que realmente me ama, como foi o caso do jovem do beijo e o restante, apesar de também poderem ser encontros astrais, são, possivelmente, resultado da conversa que tive no mundo de vigília com uma amiga, onde eu expressava que queria conviver e conversar com pessoas do mesmo nível intelectual e de interesses que eu. Uma vez que eu já estava exausta de ter de fingir ser o que não sou ou de não manifestar totalmente a minha essência, tendo que cuidar tudo o que falo, sinto e faço, visto que ninguém que me cerca entenderia. Todavia, você compreende o que quero dizer?


A Guria Dourada

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