As noites e os fins de semana são os piores momentos. Quando acabam os programas de televisão que finjo gostar ou que assisto apenas pra ter com quem "interagir" e tentar focar a mente em outras pessoas, sinto meu corpo murchar, se entregar. Cansado de lutar!
Tento falar de outras coisas, assuntos banais ou até assuntos importantes, mas, a verdade é que estou passando por um período bem singular, diria até egoísta. Nada me interessa, nada chama a minha atenção. Já terminei de ler muitos livros que estavam empilhados ou pela metade, no entanto, os que restaram nem eles me apetecem mais. Termino de escrever esta frase segurando o choro. É doloroso, muito doloroso! Nada faz sentido aqui, não vejo graça, não consigo apreciar a beleza da vida. A vontade de partir e me entregar a este sentimento é gigantesca. Chega desse joguinho, chega de ser um avatar. Isso não é o Show de Truman. Quero viver!
E eu sei que tudo depende de mim, sei o que fazer e estou fazendo, porém, leva tempo. E, enquanto a situação não muda, ele me machuca mais ainda. Ele se esconde, se fecha, parece não se importar. Sei que não devemos colocar uma pessoa como objetivo, todavia, o coração não age racionalmente. Tudo o que faço, faço pensando no meu bem estar, no meu sucesso e futuro, mas ele está inserido em cada detalhe, ele não sai da minha cabeça. É algo nunca sentido antes, não é um simples crush e, enquanto eu sentir que há uma chance, alimento esta emoção.
Entretanto, há momentos em que a dor é excruciante e me faz implorar por algo mais concreto, uma conversa mais próxima, uma palavra direta, um carinho bem direcionado. Não obstante, em contrapartida, sinto ele longe, bem longe de mim, desinteressado pela minha dor. Tudo por que ele está fazendo aquilo que eu desejo que ele faça, sendo feliz. Por que quem ama deixa ir, quem ama deixa livre. Sente ciúmes e saudade, sofre e chora, mas abre a porta pro amor voar!
A Guria Dourada
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