Filho

Beira da praia à noite, o mar avançou até a rua, início da primeira quadra. Estou dentro da água tentando nadar e depois caminhar para sair, pois já não estava tão fundo. A corrente é forte, bastante repuxo. Muitas pessoas estavam lá buscando se salvar também. 

Agora já é dia, o sol está raiando e uma onda enorme se formou atrás de mim. Posso ver um profissional de bodyboard está na crista da onda. Vejo a transparência da água. Ao invés de caminhar para frente, volto para trás e fim de mergulhar e não deixar a onda "quebrar" em cima de mim. Claro que isso só é possível em sonho.. não sinto que o mar me venceu, tenho uma boa relação com ele nos meus sonhos. 

Estou numa casa, olho pela janela e vejo o horizonte azul do mar se misturando com o Céu. Essa casa fica sobre uma montanha. Percebo que há outras casas no entorno. De repente, como se fosse uma miniatura, porém, do tamanha da janela, uma outra casa é colocada bem na frente, tirando a minha linda vista. Eu reclamo e a minha irmã P. me repreende por isso. Então, a casa não está mais no meu horizonte, posso ver a paisagem novamente.

É noite, muitas pessoas dentro da minha casa, tinha a impressão de estar em uma pensão onde uma festa acontecia. Um guri loiro, com cerca de 5 anos está na minha sala, acompanhado de um homem que me deu a entender ser o tutor da criança. O gurizinho me pergunta se eu tenho lápis de cor e digo que não. Entretanto, logo em seguida, me dou conta de que tenho sim e peço desculpas pelo engano. Não tinha vista meus lápis e até a minha nécessaire em cima do balcão da sala. Assim, disse a ele que podia pegar tudo o que quisesse para brincar.

Passo por um corredor que mais parecia um bar. Mulheres sentadas conversando e bebendo à esquerda. Elas dizem que pareço uma Americana. Eu passei por elas vestindo uma camiseta manga longa que ficava sobre o short. Esse estilo que se usa muito hoje em dia. Além de umas polainas brancas. Fui até a cozinha e o menininho loiro estava lá com seu tutor. Ele está desenhando com os meus lápis em cima de uma mesa redonda. Senti que ele era meu filho. O homem está cozinhando. Saio dali e vou buscar uma Coca-Cola pra mim. Ela vem num pote diferente, arredondado, parecia uma lua em forma de xícara com o símbolo da Coca. Tomo tudo e vou até uma portinhola da cozinha, que fica num corredor estreito, entregar o potinho para o gurizinho. Havia uma escadinha e um lustre na parede que antecede a pequena porta. Mas não consigo entrar, logo, entrego para o tutor, perguntando para o menino se ele queria brincar com isso e o homem puxa da minha mão e coloca na pia para lavar. Nem deixou o garotinho responder. 

No final, só lembro de ter reparei nas gotículas de refrigerante que restaram no pote.

30/05/2022

A Guria Dourada

Na Onda de Jesus

Fundo do mar na superfície, eu estava boiando em cima de uma prancha (bodyboard) na água azul e calma. Era dia de sol, eu estava sendo levada cada vez mais para o fundo pela correnteza. Então, olhei para a beira da praia com a sensação de que estava dormindo e tinha recém acordado. Assustada por estar ali, comecei a remar e, de repente, uma onda surgiu para me levar de volta. Quando cheguei na crista dela, a ponta da prancha  inclinou pra frente, quase desci, mas desisti, pois percebi a altura e, chamando por Jesus, deslizei.. 

Afundei, pude ver a beleza do interior das águas, sem me preocupar com a respiração, sem entrar em pânico, aquele pânico ridículo que meu cérebro desenvolveu na vida de vigília em relação à água que sempre amei, porém, que, agora, me persegue. Até pra beber um copo daquilo que nos mantém vivos é difícil! Todavia, eu estava bem e, calmamente, emergi!

10/08/2021

A Guria Dourada

Dropa essa!

Uma casa desconhecida, sala com muitas pessoas, eu, minha irmã P. e o hidráulico. Agora, estamos saindo da casa da mãe do meu cunhado. Fomos escorregar num lago congelado e fazer anjo na neve. O gelo era bem liso, escorregávamos com facilidade e parávamos no meio do rio. 

Senti um pouco de medo e perguntei pra P. se não tinha problema estar ali. Ela respondeu que não e voltamos para a beira do rio onde o namorado dela nos esperava. 

Subitamente, nos encontramos dentro de uma casa qualquer, onde havia uma onda enorme se aproximando no horizonte e um surfista dropando. O interessante é que uma parte da onda estava congelada no ar e, a outra parte, quebrou perto de nós, como se estivéssemos num "aquário de ondas". Um antigo cunhado chegou, com a aparência da atualidade, abracei ele, chorei e disse que estava com saudade. 

Ao sair da sala, P. começou a me perguntar se eu não tinha reparado que estava sem a parte de cima do biquíni. Os caras ficaram comentando sobre as minhas manchinhas da pele. No fim do sonho, eis que o hidráulico nos aguarda na saída com um tapinha no bumbum e eu digo para ele nunca mais fazer isso. 

25/03/2017

A Guria Dourada

Será que Sonhei, Antes de Acontecer, com a Situação Mundial de Agora?

Rua Jacó, perto da guarita havia mesas escolares e grades que separavam a multidão. Eu estava sentada, consultando com alguém, parecia estar fazendo uma inscrição. Deixei minha bolsa do Mickey na cadeira ao lado. Era fim de tarde. De repente, percebi que minha bolsa tinha sido roubada. Fiquei apavorada e frustrada ao mesmo tempo, pois meu celular estava dentro da bolsa, juntamente com minha carteirinha do conselho profissional e minha cnh (carteira de motorista). Pensei e falei que havia pago caro pela carteira profissional.

Muitas pessoas estavam envolvidas no sonho. Soldados do Exército investigavam os acontecimentos. Eles acharam minha bolsa vazia e com diversos furos, rasgada, pareciam buracos de tiros quando atingem um vidro que se estilhaça. Enquanto isso, um evento acontecia na rua Coronel Feijó, esquina Couto de Magalhães. Muita gente participava! Um õnibus passa.. o tele-entulho com muito lixo. Mais tarde, acharam todos os meus pertences. 

Em um local bem diferente e distante dali, duas mulheres loiras, lindas, corpos bem definidos, bronzeadas, com olhos azuis e, ao mesmo tempo, muito parecidas com a Britney Spears. Elas estavam numa lancha se dirigindo para o alto mar, de encontro com uma onda gigante. Era um dia nublado! Uma dessas mulheres era eu, porém, como mencionei antes, com outra aparência. Olhei para a onda, fiquei assustada, entretanto, nada de grave aconteceu, não houve estragos ou ferimentos. Simplesmente, a onda passou tranquilamente por nós. Parecia uma cena de cinema! No final, só lembro que eu era filha de um militar importante.

28/12/2016

A Guria Dourada

Quando Não É Hora de Partir!

Ele estava à beira do precipício. 

Aquele homem alto, aparentemente forte, usando calça social bege, parecia estar decidido. Pedi ajuda. Eu dizia: olha lá, ajuda ele. Mas a senhora não se mexia, toquei em seu ombro, chacoalhei e nada. Ela continuava sentada, mole, como em transe, sem reação. 

Ele pulou!

Resolvi verificar a situação, repentinamente, o mar (antes lá embaixo), sobre e avança sobre o penhasco tomando conta de tudo, deixando o local como se fosse a beira de uma praia, porém, em cima de uma montanha. 

Entrei no mar, era um dia lindo de sol e, não demorou muito, cheguei na borda. No momento em que meu pé deslizou e sentiu que havia chegado ao fim do monte, a onda, delicadamente, me empurrou para fora da água como se quisesse me salvar, como se dissesse que lá era muito fundo e eu não merecia cair. Então, tranquilamente me deixei levar, observando a areia sobre meus pés. Depois olhei a casa ao longe, cercada de mato verde, e percebi que, quando deixamos a natureza agir, ela trabalha a nosso favor, fazendo a vida corrigir o curso quando estamos na direção errada.

A Guria Dourada